Mostrar código-fonte de Cataratas de Vitória

{{Info/Cachoeira
|nome =Cataratas de Vitória
|imagem =VicFalls.jpg
|legenda = Vista lateral das cataratas, no lado zambiano
|altura = 128
|posição = leste–oeste
|rio = [[Rio Zambeze|Zambeze]]
|cidade = [[Parque Nacional das Cataratas Vitória]]
|país = [[Zâmbia]] e [[Zimbábue]]
|mapa =África
|cód_país=Zimbabwe
|coordenadas = {{coor dms|17|55|28|S|25|51|24|L|type:waterbody_scale:60000_region:ZM |display=inline,title}}
}}
[[Imagem:VictoriaFaelleLage.png|thumb|250px|Posição das cataratas no mapa da África]]
As '''cataratas de Vitória''' ou '''quedas de Vitória''' (o conjunto de quedas é chamado de '''Mosi-o-Tunya''' em [[Língua tonga|tonga]], que em português significa a ''fumaça que troveja''<ref>[http://noticias.bol.uol.br/fotos/entretenimento/2013/12/04/paisagens-incriveis.htm?fotoNav=504 Paisagens incríveis] BOL</ref>) são uma das mais espetaculares [[queda d'água|quedas d'água]] do mundo. Situam-se no [[rio Zambeze]], na [[Fronteira Zâmbia-Zimbabwe|fronteira entre a Zâmbia e o Zimbábue]], e têm cerca de 1,5 km de largura e altura máxima de 128 m. Ao saltar, o Zambeze mergulha na [[cânion|garganta]] de Kariba e atravessa várias cataratas basálticas.<ref>{{citar livro|autor=Editor Joseph Ki-Zerbo|título=História Geral da África – Vol. I – Metodologia e pré‐história da África|editora=Unesco|ano=2010|páginas=930|isbn= 9788576521235}}</ref>

Tanto o [[Parque Nacional de Mosi-oa-Tunya]] quanto o [[Parque Nacional das Cataratas Vitória]], no [[Zimbábue]], estão inscritos desde 1989 na lista de [[Património Cultural da Humanidade]] mantida pela [[Unesco]]. Esta igualmente conservada por estar dentro da [[Área de Conservação Transfronteiriça Cubango-Zambeze]].

== História ==
Um mapa datado de cerca de 1750, desenhado por [[Jacques-Nicolas Bellin]] para o abade [[Antoine François Prévost]], marca as quedas como "cataractes" e assinala uma povoação ao norte do Zambeze como sendo na época "MORTAL" aos portugueses.<ref name= "G-Green" >{{citar livro|autor=Lawrence George Green|título=There's a Secret Hid Away|editora=H. Timmins|ano=1956|páginas=244|isbn= 9780869782071}}</ref>{{nota de rodapé|Aventa-se a hipótese de os portugueses terem-na descoberto décadas antes, visto que já estavam fixados na África Austral desde o [[século XVI]] e muitos de seus militares e missionários já empreendiam explorações no interior do continente.<ref>{{citar livro|autor=Maria Emília Madeira Santos|título=Viagens de exploração terrestre dos Portugueses em África|editora=Centro de Estudos de Cartografía Antiga|ano=1978|páginas=414|id=}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Adm. da Agência|título=O Mundo português, Volume 8, Ed. 85-96|editora=Edição de Agência Geral das Colónias e do Secretariado da Propaganda Nacional|ano=1941|páginas=|id=}}</ref>}} Antes ainda, um mapa da [[África Austral]] feito por Nicolas de Fer, em 1715, tem a queda claramente marcada na posição correta. Ele também apresenta linhas pontilhadas que denotam rotas comerciais que o explorador [[Escócia|escocês]] [[David Livingstone]] seguiria 140 anos mais tarde.

Um livro de 1956, ''There's a Secret Hid Away'', corrobora tal tese:

::«Os mais antigos exploradores que possivelmente teriam descoberto as cataratas são os portugueses. Alguns de seus mapas, feitos entre os anos de 1600 e 1700 e guardados na [[Biblioteca Apostólica Vaticana|livraria do Vaticano]], mostram uma grande catarata num rio que deve ser o Zambeze, então conhecido por eles como ''Cuama''. (...) há alguma evidência em favor do [[Gonçalo da Silveira|padre Silveira]], um [[missionário]] português que teria visitado as cataratas ainda no começo do [[século XVII]].»<ref name= "G-Green" />{{nota de rodapé|No livro está descrito como "Father Silbiera", em virtude de erro de grafia. O frei Gonçalo da Silveira esteve a serviço do [[Império Português]] na então [[África Oriental Portuguesa]].<ref>{{citar livro|autor=Eric Anderson Walker|título=The Cambridge History of the British Empire, Volume 2|editora=CUP Archive|ano=1963|páginas=|id=}}</ref>}}

Oficialmente, no entanto, Livingstone foi o primeiro ocidental a avistá-las em 17 de novembro de 1855, dando-lhes o nome em honra à rainha [[Vitória do Reino Unido|Vitória]] — o nome local é ''Mosi-oa-tunya'', que quer dizer "fumo que troveja", em referência ao vapor que sobe da garganta das quedas.<ref>{{citar livro|autor=David Livingstone & Charles Livingstone|título=Narrative of an Expendition to the Zambesi and Its Tributaries: And of the Discovery of the Lakes Shirwa and Nyassa. 1858-1864|editora=Harper & Brothers|ano=1866|páginas=638|id=}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Piotr Migon|título=Geomorphological Landscapes of the World|editora=Springer Science & Business Media|ano=2010|páginas=375|isbn= 9789048130559}}</ref>

No livro ''Seven Natural Wonders of Africa'', de 2009, há a seguinte narrativa sobre o explorador:

::«Livingstone deu às cataratas um novo nome, ‘Vitória’, em homenagem à [[rainha Vitória]], que na época regia o [[Reino Unido]]. Livingstone mais tarde diria que as cataratas foram a coisa mais impressionante que chegou a ver durante seus trinta anos de exploração da África.»<ref>{{citar livro|autor=Michael & Mary B. Woods|título=Seven Natural Wonders of Africa|editora=Twenty-First Century Books|ano=2009|páginas=80|isbn= 9780822590712}}</ref>

Em 1860, Livingstone voltou à zona das cataratas e fez um estudo detalhado. Formidável explorador, além das quedas de Vitória, atravessou duas vezes o deserto do [[Calaári]], navegou o rio Zambeze de [[Angola]] até [[Moçambique]], procurou as fontes do [[rio Nilo]] e foi o primeiro europeu a atravessar o [[Lago Tanganica]].<ref>{{citar livro|autor=Maria Helena Guedes|título=Os Escravos Sobterrados|editora=Clube de Autores|ano=2015|páginas=344|id=}}</ref>

O explorador [[Portugal|português]] [[Serpa Pinto]] também as visitou, mas até que aquela área ficasse mais acessível, o que ocorreu por volta de 1905 com a construção de uma linha de [[caminho-de-ferro]], poucos ocidentais se aventuraram por lá.<ref name= "S-Pinto" >{{citar livro|autor=Eduardo de Noronha|título=Edição 25 de Colecção pelo Império: o explorador Serpa Pinto|editora=Divisão de Publicações e Biblioteca, Agência Geral das Colónias|ano=1936|páginas=31|id=}}</ref> Hoje o número de visitantes anual ultrapassa os 300 milhares.<ref name= "S-Pinto" /><ref>{{citar livro|autor=Gastão Sousa Dias|título=Como Serpa Pinto atravessou a Africa: Desenhos documentados na obra de Serpa Pinto|editora=Livraria Sá de Costa|ano=1944|páginas=227|id=}}</ref>

Em 1905 foi inaugurada a [[Ponte Cataratas Vitória|ponte ferroviária Cataratas Vitória]], que passa perto das quedas de água e que liga a Zâmbia e o Zimbábue.

== Galeria ==
<gallery>
File:Tourists swimming at Victoria Falls.jpg|piscina natural acessada pela ilha de Livingstone.
File:Satellite view of Victoria Falls.jpg|Imagem de [[satélite]].
File:Victoria Falls (2541711854).jpg|Vista aérea das quedas.
File:Victoria Falls gorge1.jpg|As cataratas.
File:Victoria Falls aerial view September 2003.jpg|Vista aérea em setembro de 2003, período de seca.
File:Victoria Falls from the air 1972.jpg|Cortina de vapor em 1972, na época das cheias.
</gallery>

{{notas|col=2}}
{{referências|col=3}}

== Ligações externas ==
*{{en}} [http://earthobservatory.nasa.gov/Newsroom/NewImages/images.php3?img_id=16309 Página da NASA Earth Observatory]
*{{en}} [http://whc.unesco.org/pg.cfm?cid=31&id_site=509 Ficha da Unesco]
*{{en}} [http:// hoole.easynet.co.uk/ As primeiras fotos (1891)]

{{esboço-geo}}

[[Categoria:Cataratas Vitória| ]]
[[Categoria:Patrimônio Mundial da Unesco na Zâmbia|Cataratas Vitoria]]
[[Categoria:Patrimônio Mundial da UNESCO no Zimbabwe|Cataratas Vitoria]]
[[Categoria:Quedas de água da Zâmbia|Vitoria]]
[[Categoria:Quedas de água do Zimbabwe|Vitoria]]